Madrugada, estava cansado, cada dia mais o serviço e o estudo consumiam sua força. Estava deitado no sofá, ao som de um blues, macarrão instantâneo estava sendo sua refeição a três dias, não tinha feito questão de se despir, se limitou apenas ao tênis mesmo.
Era mais um jovem, que dividia seu tempo entre serviço e o estudo, mas notou que ultimamente aprendia mais rápido e trabalhava com mais afinco:
Ela despertará o pobre coração
Que por anos debruçou-se em ilusão
De uma vida incerta, indecisa
De amores e paixões vieram as despedidas.
Em seus ouvidos o improvisar
Das notas do blues perdidas no ar
Ele estava a cultivar no peito
Na terra árida, do coração alvinegro
"Mas em teus braços me deleito
Com amor ágape do grego"
Ele ainda desejava acariciar
A pele suave da face dela
"Anjo de cabelos negros ao luar
Entrego pra você a poesia a mais bela"
Sonhos, fumaças, baixo, voz
As guitarras com sua distorção
Tocou o acorde com sina veloz
O fundo da alma ou seu coração
"Morena dona dos meus pensamentos
Busque felicidade em mim a qualquer momento"
Colocou seu celular para despertar, mais uma noite, como fada, sereia ou seria um anjo? Não posso descrevê-la assim, sua beleza era muito maior e muito melhor. Por isso ele sabia que ela entraria novamente ao seu sonhar.
"Ninfa de cabelos negros"
Autos Desconhecido
Por: Pedro PHD
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